Ref.: MpoCa06-005
Apresentador: Roger Franco Baldissera
Autores (Instituição): Baldissera, R.F.(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); Pires, M.J.(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); LIGABUE, R.A.(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); Maraschin, T.G.(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); Henriques, M.P.(Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul);
Resumo:
O Polipropileno é um dos polímeros mais utilizados no mundo, devido às suas boas propriedades (térmicas e mecânicas, entre outras), além do seu custo relativamente baixo. A melhoria dessas propriedades pode ser obtida pela agregação de agentes nucleantes, para a mudança de fase, bem como de cargas, como o óxido de grafeno e zeólitas, tem o intuito de melhorar outras características, por exemplo, resistência térmica e propriedades elétricas. Para a mudança de fase é utilizado pimelato de cálcio, um dos melhores agentes beta nucleantes (ABN), obtendo valores próximos dos 100% em diversos trabalhos. Outros ABN utilizados são inúmeros pigmentos e compostos orgânicos, mas são de difícil acesso ou apresentam baixo desempenho. Como exemplo de melhoria causado pela mudança de fase tem-se o aumento da deformação plástica. Com isso a fabricação de membranas microporosas utilizando polipropileno é facilitado, mantendo um baixo custo para esses materiais. Neste trabalho, foi avaliada a capacidade de formação de fase beta(B) em polipropileno isotático (PPi) utilizando pimelato de cálcio (1%) e cargas como óxido de grafeno (até 1%) e zeólita 4A (até 10%), visando criar condições propicias de cristalização da fase de interesse. Vários métodos foram testados para que a formação de fase B, com ou sem o uso de carga, seja maximizada. Pimelato de cálcio foi sintetizado com e sem a presença de cargas e utilizado como agente nucleante. O pimelato de cálcio também foi avaliado como aditivo para melhorar a adesão da carga ao polipropileno. As cargas e reagentes precursores do agente nucleante foram incorporados ao PP micronizado (PPm) por mistura reativa. Os filmes finos (<30 um) foram obtidos por prensagem a quente com controle das temperaturas de aquecimento e resfriamento para evitar a conversão da fase B em alfa(A). A quantificação da cristalinidade e das fases B e A nas amostras produzidas foi feita utilizando Calorimetria Exploratória Diferencia (DSC), utilizando uma curva anormal, com uma isotérmica em 130?°C para cristalização e reaquecendo em 100?°C para não ocorrer formação de fase B em 85?°C. A técnica de WAXS (Espalhamento de Raio X de Ângulo Aberto) também foi utilizada para confirmar a presença da fase B. Os testes de DSC indicaram que a formação de fase B no PPm chegou a 98% da fase cristalina, com pouca diferença no uso de cargas como zeólita (93%) e óxido de grafeno (95%). Esses resultados são feitos com a deposição da carga e reagente percursores no PPm. Nos testes com o uso da carga funcionalizada ou somente do pimelato de cálcio sólido misturados ao PPm obteve-se formação da fase B, porém com valores mais baixos (~70%). Valores obtidos da formação de fase B utilizando somente pimelato de cálcio estão conforme a literatura. Uso de carga com agente nucleante na bibliografia ocorre uma formação de fase B menor que a mostrada nesse trabalho. Testes mecânicos para avaliar o polímero e mudança de propriedades com uso de cargas estão em andamento.