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Ref.: MmeMac44-002

Avaliação da Aplicação de Líquido Iônico na Usinagem com MQL

Apresentador: Maylo Lorran Costa Amorim

Autores (Instituição): Amorim, M.L.(Universidade Federal do Rio Grande Do Norte); Cunha, R.D.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte); de Sousa Duarte, V.G.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Alves, S.M.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte);

Resumo:
A lubrificação na usinagem por quantidade mínima de lubrificante (MQL) tem sido objeto de intensa pesquisa como uma alternativa viável à substituição dos fluidos de corte, conhecidos por seus efeitos negativos à saúde do operador e ao meio ambiente. A usinagem MQL é significativa devido aos volumes muito baixos de lubrificantes utilizados, frequentemente consumidos durante o processo de usinagem. A busca por lubrificantes mais sustentáveis levou os pesquisadores aos óleos vegetais. Recentemente, os líquidos iônicos (LIs) surgem como uma alternativa promissora, sendo uma família relativamente nova de produtos químicos verdes, com propriedades físicas e químicas projetáveis para aplicações específicas. A técnica MQL requer uma pequena quantidade de fluido direcionada para a zona de corte para reduzir o atrito entre o cavaco e a ferramenta, resultando em melhor acabamento superficial e vida útil da ferramenta. Portanto, é crucial entender as correlações entre as propriedades dos fluidos e o desempenho MQL antes de selecionar os melhores lubrificantes. Os LIs apresentam características físicas, químicas e tribológicas superiores aos lubrificantes convencionais, tornando-os candidatos ideais para a lubrificação MQL. No entanto, há poucos estudos sobre a viabilidade técnica do uso de LIs como aditivos nos processos de usinagem. A viscosidade do líquido iônico influencia seu desempenho na usinagem, com algumas pesquisas mostrando melhorias significativas na usinagem com LIs em comparação com óleos convencionais, especialmente em condições severas. A adição de LIs ao óleo base vegetal reduz as forças de corte, a energia de corte, a temperatura de corte, o coeficiente de atrito e a espessura do cavaco, além de aumentar o ângulo de cisalhamento, indicando um potencial significativo para melhorar a eficiência e sustentabilidade da usinagem. Portanto, há uma necessidade de explorar ainda mais o potencial tribológico e ação lubrificante dos líquidos iônicos na usinagem, visando avançar em soluções ambientalmente adequadas para a usinagem MQL.