Ref.: MCoMss07-001
Apresentador: Nayara Aparecida Fonseca Couto
Autores (Instituição): Lopes, H.R.(Instituto Federal do Pará); Couto, N.A.(Instituto Federal do Pará); GOMES, L.G.(Instituto Federal do Pará); Rodrigues, J.d.(Instituto Federal do Pará);
Resumo:
A precisão no cálculo da área da seção transversal das fibras desempenha um papel fundamental na determinação de suas propriedades mecânicas. No entanto, devido à variedade de formas e à dificuldade em obter medidas exatas, frequentemente é adotada a simplificação de considerar essas fibras como circulares, o que pode resultar em elevadas imprecisões. Portanto, é crucial empregar métodos precisos na avaliação da área da seção transversal das fibras, garantindo uma determinação adequada de suas propriedades mecânicas. O presente trabalho busca avaliar se a utilização do diâmetro médio para o cálculo da área da seção transversal das fibras, assumindo a forma circular, é apropriada para estimar a área da seção de um tipo de macrofibra polimérica (MFPP1). Assim, será realizada uma análise estatística comparativa entre a área real da seção transversal, medida através de microscopia óptica e software de processamento de imagem, e a área estimada pelo diâmetro médio. Para isso, doze amostras da fibra foram cuidadosamente selecionadas, alinhadas e embutidas em resina poliéster. Após o corpo de prova confeccionado ser lixado e polido com pasta de diamante, as seções transversais foram capturadas por um microscópio ZEISS - Stemi 508, equipado com uma câmera de vídeo modelo AxioCam 105 color. As imagens resultantes foram processadas através de um código desenvolvido no software GNU Octave, que permitiu converter a imagem original (RGB) em uma imagem binária, remover os ruídos e preencher as áreas pretas da imagem (seções transversais das fibras), através operações morfológicas. Por fim, a medida em pixels foi convertida para milímetros, utilizando um comprimento conhecido obtido da barra de escala presente na imagem. Dessa forma, a área real da seção transversal das fibras foi medida contando-se a área dos pixels pretos. A área da seção transversal da fibra, assumindo sua forma circular, foi calculada a partir do diâmetro médio, obtido pela média de dois diâmetros em cada seção de fibra imersa na resina, a 0° e 90° em relação ao eixo longitudinal da fibra. Para validar a abordagem, foi realizada uma comparação estatística entre a área real e a calculada. A comparação estatística entre as áreas real e calculada foi realizada utilizando o coeficiente de determinação R² e um Teste T, com a hipótese nula de que as áreas medidas e calculadas são iguais. O R² obtido foi de 0,91, indicando alta precisão no cálculo da área pelo diâmetro médio. Além disso, o Teste T não apresentou diferenças estatisticamente significativas entre as médias das áreas, com um valor de t (22) = -0,557 e p = 0,5828, sendo o valor T menor que o valor crítico de 2,07 para o nível de significância de 0,05. Portanto, pode-se afirmar que, de acordo com a metodologia adotada e as análises estatísticas realizadas, não há evidências suficientes para rejeitar a hipótese de que a área da seção transversal da fibra polimérica pode ser calculada como circular, através do diâmetro médio.