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Ref.: MpoDe24-004

ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO DOS POLÍMEROS POLIPROPILENO E POLIETILENO EM AMOSTRAGEM DO SOLO DAS MARGENS DO RIACHO SITIÁ, QUIXADÁ, CEARÁ

Apresentador: Jairo Oliveira Tavares

Autores (Instituição): Tavares, J.O.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Brito, R.M.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Lima, S.G.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Feitosa, E.N.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Medeiros, F.J.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); França, D.C.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará);

Resumo:
Os polímeros têm sido amplamente empregados em diversas aplicações desde a segunda metade do século XX. Segundo a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), setores-chave como construção civil, alimentos e varejo destacam-se pelo intenso uso de polímeros plásticos. Apesar da presença significativa dos plásticos na economia, seu uso está associado a problemas ambientais, especialmente relacionados ao descarte inadequado. O relatório da World Wildlife Fund (WWF, 2019) sobre plásticos aponta que existem vários tipos de polímeros, cada um com diferentes tempos de vida útil, sendo a média de apenas três anos. Devido às suas características físicas, os polímeros são facilmente dispersos no meio natural após o descarte impróprio, seja pelo vento ou por parte do ciclo hidrológico. Esses materiais frequentemente acabam em ambientes naturais, como florestas e corpos d'água, muitas vezes sendo depositados no solo das margens de rios pelo transporte de sedimentos fluviais. Tendo isto como base, este estudo objetivou analisar a biodegradação de dois polímeros, o polietileno e o polipropileno, comumente utilizados no campus do IFCE em Quixadá. Estes polímeros representaram a maior quantidade de resíduos coletados pelo sistema de coleta seletiva da instituição. Para o ensaio de biodegradação utilizou-se o solo das margens do Riacho Sitiá como substrato e investigou-se o impacto desse tipo de solo e seus componentes físicos e biológicos na degradação desses materiais. A metodologia adotada incluiu a padronização das amostras e sua submissão a diferentes tempos (15, 30, 45, 60 e 90 dias) no solo em questão, a fim de avaliar a biodegradação destes. As análises foram realizadas antes e depois do período de exposição, utilizando técnicas como Perda de Massa, Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os resultados permitiram observar buracos de vários tamanhos nas amostras de PE além de partículas de solo se agregando aos corpos de prova com os materiais apresentando uma textura mais rugosa e irregular. As análises de FTIR apresentaram bandas e picos característicos de mudanças na estrutura dos polímeros, indicando assim a presença de grupos químicos associados à degradação. Os resultados do MEV ilustraram uma modificação na estrutura desses materiais. Portanto, pode-se inferir que esses materiais sofreram algumas modificações quando descartados, o que acaba por contribuir para a poluição ambiental, contaminando os solos e a rios onde são descartados interferindo na biota terrestre e aquática.