Ref.: MCoBi32-005
Apresentador: Claudimir Antonio Carminatti
Autores (Instituição): Champoski, D.(Universidade Federal de Santa Catarina); Rossetin, L.G.(Universidade Federal de Santa Catarina); Recouvreux, D.d.(Universidade Federal de Santa Catarina); Carminatti, C.A.(Universidade Federal de Santa Catarina);
Resumo:
Recentemente há um crescente interesse no desenvolvimento de materiais poliméricos biodegradáveis em diversas áreas. A nanocelulose bacteriana (NCB) possui características singulares, tais como alta pureza, notável capacidade de absorção de água, elevada cristalinidade, elevada uniformidade, além de uma elevada biodegradabilidade e biocompatibilidade. A argila montmorilonita (MMT), um filossilicato comum, contribui de forma interessante quando incorporada em compósitos, conferindo maior resistência e atividade antimicrobiana. Atualmente, estudos têm sido realizados com o nanocompósito de celulose bacteriana-montmorilonita sódica devido às suas propriedades promissoras em áreas como embalagens biodegradáveis e medicina regenerativa. O objetivo deste trabalho foi preparar um material nanocompósito constituído de nanocelulose bacteriana e nanoargila montmorilonita utilizando uma metodologia ex-situ para incorporação da montmorilonita nas nanofibras da celulose bacteriana. Hidrogéis de celulose bacteriana foram produzidos utilizando a bactéria Komagataeibacter hansenii durante 14 dias a 30 oC. Posteriormente, os hidrogéis de nanocelulose bacteriana foram purificados e acrescentados em Frascos de Erlenmeyer contendo soluções de montmorilonita sódica a 0,5%, 1,0% e 1,5%, sendo os frascos agitados a 150 rpm durante 72 horas e 25 oC. Os hidrogéis produzidos foram analisados quanto a sua morfologia e quanto ao grau de incorporação da nanoargila no material produzido. A análise dos resultados apontou que a concentração de 1,0% de montmorilonita foi a mais adequada, com incorporação de aproximadamente 30% do nanoreforço no material NCB-MMT. A análise morfológica por Microscopia Eletrônica de Varredura mostrou a presença da nanoargila com uma boa distribuição entre as nanofibras da celulose bacteriana. O material obtido demonstrou que o método ex situ pode ser utilizado para a produção de nanocompósitos utilizando nanocelulose bacteriana e a nanoargila montmorilonita sódica, sendo este um material com grande potencial para o desenvolvimento de aplicações em diferentes áreas, como na indústria de embalagens e na área médica como curativos.