Ref.: MmeCa04-003
Apresentador: Luan Cosmo Ferreira
Autores (Instituição): Ferreira, L.C.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba Campus Cajazeiras); Silva, E.S.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba); Filho, M.S.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba); da Silva, F.A.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba); de Andrade, J.S.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba); Queiroz, P.R.(Instituto Federal da Paraíba);
Resumo:
A usinagem é uma das atividades de grande importância dentro das operações industriais, desempenhando um papel fundamental na fabricação de variados componentes e peças. Entre os diversos processos envolvidos na usinagem, a furação se destaca como uma operação indispensável, considerando que a grande maioria das peças fabricadas requer a criação de furos para diferentes propósitos. Contudo, estes furos precisam ser realizados com precisão, para evitar problemas como desalinhamento de peças, vazamentos, falhas estruturais e comprometimento da funcionalidade do produto final. E embora a furação já tenha passado por processos de aprimoramento ao longo do tempo, problemas de erros de forma ainda são muito comuns, a depender dos parâmetros do processo, das ferramentas utilizadas e do material usinado. Por isso, neste estudo foi realizada uma investigação da influência da velocidade de corte nos erros de forma de circularidade na furação do aço ABNT 1045. No experimento, foram realizados 10 furos em um corpo de prova de 10 milímetros de espessura, utilizando um Centro de Usinagem Modelo ROMI D600. Variou-se o parâmetro de velocidade de corte em um intervalo foi definido de acordo com as especificações da broca de metal duro, para o material usinado. De modo a garantir que os resultados fossem consistentes, fez-se uma replicação do experimento em um corpo de prova adicional. Para a fazer as medições dos erros de forma de circularidade, utilizou-se uma Máquina de Medição por Coordenadas (MMC), modelo TESA Micro-Hite 3D. Para cada furo foram realizadas três medições em alturas diferentes e, posteriormente, calculou-se a média aritmética, para evitar disparidade dos resultados. Os dados foram coletados e meticulosamente organizados em tabelas e gráficos, proporcionando uma visão abrangente dos resultados obtidos. A análise desses dados revelou disparidades nos erros de forma, destacando a influência da velocidade de corte na qualidade dos furos produzidos, sendo possível identificar uma faixa específica de valores na qual os erros de circularidade são minimizados, sugerindo uma relação direta entre os parâmetros de corte e a precisão dimensional das peças usinadas. Todos os valores de circularidade obtidos nos ensaios estão dentro da tolerância definida na norma NBR ISO 2768-2. Este achado ressalta não apenas a importância de uma metodologia cuidadosa na condução do experimento, mas também a necessidade de uma seleção criteriosa dos parâmetros de usinagem para garantir resultados consistentes e de alta qualidade.