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Ref.: MCoBi07-002

Análise do desempenho físico e mecânico de bioconcretos de bambu incorporando agregados graúdos e miúdos.

Apresentador: Thais Pinto Lobo Siqueira

Autores (Instituição): Gangorra, L.C.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Andreola, V.M.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Siqueira, T.P.(Universidade Federal do Rio Janeiro); Toledo Filho, R.D.(Universidade Federal do Rio de Janeiro);

Resumo:
A indústria da construção civil colabora com cerca de 37% dos processos relacionados à emissão de CO2 no planeta. Em vista disso, existe uma crescente preocupação com o desenvolvimento de materiais construtivos que contribuam para reduzir os danos causados ao meio ambiente, pelo setor da construção civil. Uma das estratégias para reduzir esses impactos envolve a substituição de concretos convencionais por concretos de menor impacto ambiental. Nesse contexto, surge o bioconcreto, material compósito cimentício que substitui os agregados minerais convencionais por resíduos agroflorestais, chamados de bio-agregados. Pesquisas sobre materiais de construção de base biológica são promissoras, principalmente pelas suas características de isolamento térmico, baixa densidade e bom desempenho mecânico. Para compreender suas propriedades físicas e mecânicas, principalmente quando se incorpora diferentes volumes de bio-agregados na composição do bioconcreto, estudos devem ser desenvolvidos para analisar as suas propriedades. Dessa forma, este trabalho apresenta os resultados de um programa experimental, que teve por objetivo, analisar a influência da variação do volume de bio-agregados graúdos e miúdos incorporados no bioconcreto. A matriz utilizada apresentava substituição parcial do cimento (Cim) por metacaulinita (Mk) e cinza volante (CV), sendo fixada, em 30% (Cim), 30% (Mk) e 40% (CV), em massa. A relação água/materiais cimentantes foi de 0,30. A fração volumétrica de bio-agregados variou de 10% a 40% e, de forma inversamente proporcional aos bio-agregados miúdos e graúdos. Para todas as misturas, a caracterização foi realizada através de ensaios físicos, térmicos e mecânicos. Inicialmente, foi analisado as misturas no estado fresco, através dos ensaios de teor de ar incorporado, tronco de cone e tempo de Vebe. Em seguida, o comportamento físico, térmico e mecânico foi investigado através dos ensaios de densidade, condutividade térmica e resistência à compressão uniaxial, revelando a influência dos diferentes volumes de partículas no comportamento dos bioconcretos. Os resultados, promissores, demonstraram o potencial desse material sustentável ser aplicado em diferentes elementos da construção civil.