Ref.: MCoErec13-002
Apresentador: Laura Oliveira Gomes
Autores (Instituição): Oliveira, G.T.(Centro de Tecnologia Mineral); Gomes, L.O.(Centro de Tecnologia Mineral); Conceição, M.N.(Centro de Tecnologia Mineral); Gabriel, C.F.(Instituto Nacional de Tecnologia); Sousa, A.F.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Oliveira, M.G.(Instituto Nacional de Tecnologia); Ribeiro, R.C.(Centro de Tecnologia Mineral);
Resumo:
A produção de café mundial tem total destaque para o Brasil, o qual é o maior produtor, exportador e segundo maior consumidor. Isso se deve ao fato de que o solo e o clima do país são muito propícios ao cultivo dessa semente. Entretanto, há regiões onde o solo não é ideal e até mesmo onde a lixiviação o torna ruim, sendo necessário corrigir o solo, geralmente utilizando os fertilizantes químicos, que são pouco sustentáveis, prejudiciais à saúde e de alto custo. O território brasileiro, além de ter um ótimo solo para cultivo, é rico em recursos naturais minerais por conta de sua grande variedade geológica ao longo de todo o território, destacando-se como um dos principais no mercado mundial de exportações minerais. Na extração de rochas ornamentais, dois terços do material se tornam resíduos, que podem ser aproveitados como fertilizante natural para melhorar a qualidade do plantio em regiões onde o solo não é propício para o cultivo. Enquanto isso, o poliácido lático (PLA), um biopolímero amplamente utilizado para produção de plásticos mais sustentáveis, os quais se degradam muito mais rápido do que os plásticos comuns feitos com derivados do petróleo, vem mostrando grande potencial para a produção de sacos que podem ser usados no transporte de mudas. Juntando o resíduo de rocha ornamental e o biopolímero, é possível desenvolver sacos de mudas feitos de PLA que se degradam rapidamente nas condições ideais, liberando nutrientes para o solo a partir dos resíduos de rochas ornamentais utilizados. Neste contexto, a pesquisa tem como objetivo o aproveitamento dos resíduos gerados durante a extração da rocha ornamental do Cariri em uma mistura com o PLA (poliácido-lático) para geração de sacos de mudas biodegradáveis como corretivos de pH de solos agrícolas e fertilizantes naturais. O tipo de poliácido-lático utilizado foi o PLA4043 da Nature Works e o resíduo utilizado foi da rocha ornamental do Cariri, que é composto principalmente por de óxido de cálcio (51,3%), óxido de magnésio (3,0%) e óxido de ferro III (1,1%). Para a preparação do compósito, o PLA foi deixado na estufa para secar durante a noite a 60ºC. Foram preparadas cinco composições do PLA com o resíduo, sendo elas 100/0; 98/2; 95/5; 92/8; 90/10 (% em massa), denominados PLA00, PLA02, PLA05, PLA08 e PLA10, respectivamente. O processamento dos compósitos foi realizado internamente na Haake Rheomix OS com seis perfis de zonas de temperatura variando de 160ºC até 210ºC. Os compósitos processados foram prensados em prensa quente a 210ºC e prensa fria a temperatura ambiente para a formação das placas. O ensaio reológico indicou que o módulo elástico do PLA caiu com 2% de resíduo mineral o que não ocorreu nas demais amostras, podendo sugerir que com até 2% houve dispersão das partículas e nas demais composições houve aglomeração. O DRX indicou picos característicos de carbonato de cálcio e pico centrado em 15 ?, característico da fase amorfa do PLA.