Ref.: MpoCa12-007
Apresentador: Tainá Klein
Autores (Instituição): Klein, T.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Bianchi, O.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Romanzini, D.(Instituto Federal do Rio Grande do Sul); Amico, S.C.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
Resumo:
Este estudo teve como objetivo caracterizar uma formulação de resina epóxi para posterior utilização em compósito produzido via filamento winding. A resina epóxi utilizada foi do tipo diglicidil éter de bisfenol A (DGEBA) e o endurecedor do tipo amina aromática, na proporção de 100:23 (resina: endurecedor), e a agitação dos componentes ocorreu durante 2 min a 60 °C. Foram realizadas análises reológicas (na temperatura de processamento, a 60 °C) e também análises isotérmica e não-isotérmica em um calorímetro de varredura diferencial (DSC). Obteve-se como resultado de DSC a entalpia (?H), a temperatura de transição vítrea (Tg), a entalpia residual de cura (isoterma a 90 °C durante 1 h) e a Tg infinita (pós cura realizada durante 7 dias a 150 °C). A formulação curada e pós curada (condições do fornecedor, de 4 h a 80 °C + 4 h a 160 °C) foi caracterizada via espectrometria de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e ensaio mecânico de resistência a tração. Para o DSC não-isotérmico, o resultado obtido para a entalpia foi de 131 J/g, e para a Tg foi de ~ 132 °C, enquanto que para a Tg infinita foi de ~ 196 °C. Comparando os resultados com aqueles obtidos via DSC isotérmico (Tg de ~ 113 °C e ?H de
57 J/g), pode-se perceber que a cura não foi efetiva na condição proposta de
90 °C por 1 h. Na análise reológica, a 60 °C, os valores de viscosidade
(350 mPa.s) e tempo de gel (de ~ 93 min) foram reportados. Para as amostras curadas e pós curadas nas condições propostas pelo fornecedor, de acordo com os resultados da análise de FTIR, houve o desaparecimento da banda do anel oxirano (915 cm-1), demonstrando que, nestas condições, a cura/pós cura foi efetiva. A temperatura na qual ocorreu a máxima velocidade de degradação (TGA) foi em 409 °C, e o resultado para a resistência a tração foi de 38 MPa e para o módulo de elasticidade foi de 3,18 GPa. Com este estudo, pode-se concluir que, se houver a necessidade de reduzir a temperatura de cura proposta pelo fornecedor, para 90 °C (condição proposta na análise de DSC isotérmico), há a necessidade de um estudo mais detalhado. No entanto, a formulação apresentou valores semelhantes aos da literatura para as propriedades mecânicas, boa estabilidade térmica e baixa viscosidade durante o processamento, parâmetro importante para filamento winding, pois facilita a molhabilidade entre a fibra e a matriz, na temperatura de processamento.