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Ref.: MpoBi32-011

EXTRAÇÃO DE ANTOCIANINAS DA CASCA DE UVA E ENCAPSULAÇÃO EM NANOPARTICULAS DE QUITOSANA

Apresentador: Cristiane da Costa

Autores (Instituição): da Costa, C.(Universidade Federal de Santa Catarina); Gaviria, Y.A.(Universidade Federal de Santa Catarina); Valencia, G.A.(Universidade Federal de Santa Catarina);

Resumo:
A casca da uva, um subproduto da indústria de sucos e vinhos, é uma fonte de pigmentos naturais e é rica em antocianinas (ACNs). ACNs são compostos naturais com potencial de aplicação devido a sua resposta colorimétrica ao pH. Devido a sua sensibilidade a diversos fatores ambientais, a nanoencapsulação com biopolímeros é uma estratégia recente de sucesso para a estabilização de ACNs. A quitosana (CH) encontra-se entre os polissacarídeos naturais mais investigados para nanoencapsulação de compostos naturais, devido à sua biodegradabilidade, bioacessibilidade, biocompatibilidade, naturalidade catiônica, propriedades antibacterianas e baixa toxicidade. Neste trabalho, foram extraídas ACNs da casca de dois cultivares de uva: Isabel (Vitis labrusca) e Niágara. A sensibilidade ao pH das ACNs foi avaliada. As ACNs foram então encapsuladas em nanopartículas de quitosana (CH) por gelificação iônica usando tripolifosfato de sódio (TPP) como agente reticulante. As nanopartículas foram caracterizadas quanto ao tamanho, distribuição de tamanhos e eficiência de encapsulação. Os resultados mostraram que a uva do cultivar Isabel contém maior concentração de ACNs (505 mg/L) quando comparada com a uva do cultivar Niágara (31 mg/L), e apresenta boa resposta ao pH. As ACNS do cultivar Isabel foram encapsuladas em nanopartículas de quitosana resultando em nanopartículas de tamanhos 291 a 324 nm e PDI em torno de 0,3. A eficiência de encapsulação das ACNs nas partículas de CH foi de aproximadamente 50%. Desse modo, a encapsulação de ACNs com CH produzidas por gelificação iônica em Dispersor Ultrassônico mostra-se como uma alternativa promissora para a proteção desses bioativos. Os resultados mostram que o extrato com ACNs pode ser nanoencapsulado sem perder sua capacidade de resposta colorimétrica ao pH, com potencial para uma possível aplicação em embalagens inteligentes para alimentos.