Ref.: MmeCo35-004
Apresentador: Carlos Alberto Caldas Souza
Autores (Instituição): Souza, C.A.(Universidade Federal da Bahia); Cabral, A.T.(Universidade Federal da Bahia); Koga, G.Y.(Universidade Federal de São Carlos); Rigoli, U.C.(Universidade Federal da Bahia); Fanezi, C.L.(Universidade Federal da Bahia); Oliveira Junior, A.R.(Universidade Federal da Bahia);
Resumo:
A adição de nanopartículas com o objetivo de melhorar as características do revestimento de zinco obtido por eletrodeposição tem sido amplamente investigada. Esses estudos envolvem principalmente nanopartículas cerâmicas, porém, o uso de nanocristais à base de celulose obtidos de vegetais tem a vantagem de ser mais barato, além de ser obtido de fonte renovável. No presente trabalho avalia-se o efeito da adição de celulose nanocristal nas características do revestimento de zinco obtido por eletrodeposição. A morfologia e estrutura dos depósitos de zinco foram investigadas utilizando microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de Raios -X e microscopia confocal. A resistência à corrosão foi avaliada através de medidas de perda de massa e ensaios eletroquímicos que envolveram a obtenção de curvas de polarização potenciodinâmica e medidas de EIS (espectroscopia de impedância eletroquímica). O efeito da adição de nanocristal de celulose na eficiência da corrente de deposição e na microdureza do revestimento também foi investigado. Foi analisado o efeito adição de diferentes concentrações de nanocristal de celulose (0% v/v, 3,0% v/v, 6,0% v/v, 7,0% v/v e 8% v/v) e constatou-se que esta adição aumenta a resistência à corrosão que é maior com a adição de 7% v/v. A adição dessa concentração de nanocristais também aumenta a eficiência da corrente e não resulta em diminuição da microdureza. O efeito da adição do nanocristal de celulose foi relacionado à obtenção de um revestimento mais compacto e com menor rugosidade o que favorece a resistência a corrosão e a eficiência da corrente de deposição. A partir da concentração de 7% v/v ocorre uma diminuição significativa no tamanho dos cristalitos, sendo este efeito mais significativo com a adição de 7% v/v. Observa-se também através de MEV que a adição desta concentração de celulose nanocristal resulta em um revestimento com maior refinamento de grão. O efeito da adição de celulose nanocristalina na rugosidade do revestimento de zinco não é claramente observado com a adição de 3 v/v% e 6 v/v% de celulose nanocristalina no depósito do banho. Porém, com a adição de 7 v/v % há uma diminuição significativa da rugosidade, mas com o aumento da concentração para 8 v/v % a rugosidade do revestimento aumenta.Os resultados obtidos através das curvas de polarização potenciodinamica mostram que com a adição do nanocristal de celulose ocorre o aumento da resistencia de polarização e a diminuição da densidade de corrente de polarização, o que indica a elevação da resistencia a corrosão do deposito de zinco. Esses resultados estão coerentes com os obtidos através de impedancia eletroquimica, através dos quais foi encontrado que a adição do nanocrystal eleva a resistencia de transferencia de carga e esse efeito é mais significativo coma adição de de 7% vv/v de nanocrystal.