Ref.: MCoMcc33-002
Apresentador: Camila Tiemi Ozaki e Silva
Autores (Instituição): Marçula, S.C.(Universidade Estadual de Campinas); Silva, J.B.(Universidade Estadual de Campinas); Ozaki e Silva, C.T.(Universidade Estadual de Campinas); Becker, A.R.(Universidade Estadual de Campinas); Lintz, R.C.(Universidade Estadual de Campinas); Gachet, L.A.(Universidade Estadual de Campinas);
Resumo:
Matrizes cimentícias são amplamente utilizadas na construção civil como, por exemplo, em edifícios, pavimentos, portos e pontes, principalmente devido a fatores ambientais, bem como ao baixo custo e alta resistência mecânica. Uma estrutura está sujeita a diversas solicitações, oriundas das variações de condições de operações e ambientais. A incorporação de materiais eletricamente condutivos à base cimentícia deu um novo rumo ao desenvolvimento de sistemas de monitoramentos estrutural. Para que isso seja possível, empregam-se materiais eletricamente condutivos, como fibra de aço, pó de grafite, microfibra de carbono, entre outros. Esta pesquisa buscou desenvolver uma argamassa estrutural com a incorporação de microfibra de carbono nos teores de 0% (referência), 0,4%, 0,6%, 0,8% e 1% da massa do cimento em relação a proporção referência, a fim de conferir a mesma uma maior condutividade elétrica sem comprometer suas propriedades físico-mecânicas. Foi realizado o ensaio de índice de consistência no estado fresco e no estado endurecido foram avaliadas as propriedades mecânicas com ensaios de resistência à tração na flexão e compressão, bem como módulo de elasticidade. Para o estudo da condutividade, foram realizadas a medição de propriedades elétricas, com o ensaio de espectroscopia de impedância. Também foi realizado o ensaio de microscopia de varredura eletronica a fim de caracterizar a microestrutura do compósito cimentício obtido. Os resultados indicaram que a incorporação da microfibra de carbono na matriz cimentícia aumentou a resistência tração na flexão, entretanto reduziu a resistência a compressão e módulo de elasticidade. A microscopia de varredura eletronica demostrou que com teores crescentes de incorporação de microfibra de carbono, o empacotamento das partículas torna-se cada vez mais difícil devido tanto a formação de vazios entre as microfibras de carbono, como sua superfície lisa. Para o comportamento elétrico, o ensaio de espectroscopia de impedância revela aumentos significativos na condutividade a uma baixa frequência apenas para os teores de 0,8% e 1%. Por fim, esta pesquisa se mostrou consistente com os resultados obtidos na literatura, onde, foi possível obter um aumento na capacidade de condutividade elétrica do compósito cimentício, sem que suas propriedades mecânicas fossem significantemente reduzidas.