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Ref.: MpoBi32-007

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE NANOEMULSÕES POLIMÉRICAS DE GOMA DO CAJUEIRO CARREADORAS DE CHALCONA

Apresentador: Kariny Santos Freitas

Autores (Instituição): Freitas, K.S.(Universidade Estadual do Ceará); Abreu, F.M.(Universidade Estadual do Ceará); Nascimento, J.F.(Universidade Estadual do Ceará); Santos, H.S.(Universidade Estadual do Ceará); Bessa, N.U.(Universidade Estadual do Ceará); Mendes, F.R.(Universidade Estadual do Ceará); Muniz, C.R.(Embrapa Agroindústria Tropical); Morais, S.M.(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ);

Resumo:
Nanoemulsões são dispersões coloidais metaestáveis com gotículas em escala nanométrica. Essa característica faz com que seja necessário a escolha de tensoativos e estabilizantes específicos em função da natureza do composto incorporado para aumentar a estabilidade do sistema e assegurar a eficácia da dispersão por um maior período. Os surfactantes têm um papel crucial na estabilização de emulsões óleo em água, pois reduzem a tensão interfacial por interações intermoleculares. A adição de óleos vegetais pode contribuir na estabilização da emulsão, pois podem auxiliar no controle do tamanho das gotículas e na estabilização de fármacos hidrofóbicos. As chalconas são cetonas aromáticas pertencentes à classe dos flavonoides de cadeia aberta e têm demonstrado grande potencial com propriedades antioxidantes, antinociceptiva, anti-inflamatória, ansiolítica e anticonvulsivante. Entretanto, dependendo da dosagem necessária, as chalconas podem vir a gerar efeitos colaterais indesejáveis, devido à sua moderada toxicidade em células do fígado. Desta forma, o design de nanoemulsões com chalcona incorporada pode ser promissor para minimizar a sua toxicidade, além de aprimorar a biodisponibilidade e a solubilidade destes compostos. O objetivo do presente trabalho é analisar a estabilidade de nanoemulsões de goma do cajueiro carreadoras de chalcona [(1E, 4E)-1,5-bis(4-metoxifenil)penta-1,4-dien-3-ona) - DB4METOX], comparando-se a concentração de chalcona e o método de emulsificação de alta energia, ultra-stirrer mecânico e sonicador ultrassônico. Deste modo, observou-se a estabilidade, Microscopia Óptica e Potencial Hidrogeniônico a fim de eleger a nanoemulsão com maior estabilidade. Os resultados mostraram que a amostra denominada DBO1S, produzida com 10 mg de chalcona através do equipamento ultra-stirrer, apresentou maior estabilidade, em função do menor grau de formação de creaming (cerca de 6%), sedimentação menor que 0,1 milímetros, pH constante ao longo do tempo e morfologia mais uniforme por microscopia óptica. A nanoemulsão foi avaliada por Tamanho de Partícula, Potencial Zeta, Índice de Polidispersão, Microscopia Eletrônica de Varredura e Viscosidade. Os dados obtidos comprovam que tal nanoemulsão tem alta estabilidade, pois apresentou um tamanho de partícula de 127,1 ± 0,6 nm, distribuição uniforme de tamanho de gotículas, valores de Potencial Zeta de -43,6 ± 2,24 mV e Índice de Polidispersão de 0,37 ± 0,01 favoráveis para a finalidade proposta.