<< Voltar

Ref.: MmeCo14-009

Avaliação de extratos aquosos secos de casca de pupunha (Bactris gasipaes) como inibidores de corrosão do aço carbono em meio de HCl 1 mol/L.

Apresentador: Lilian Ferreira de Senna

Autores (Instituição): Antunes, L.T.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Alves, I.D.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Navegantes, R.F.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); da Silva, C.S.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Senna, L.F.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro);

Resumo:
Inibidores de corrosão são muito usados para mitigar os processos de corrosão do aço carbono em diferentes meios agressivos. Contudo, muitos dos inibidores sintéticos utilizados para essa finalidade são tóxicos, causando danos ao meio ambiente e à saúde humana. Desse modo, inibidores naturais (ou verdes), originários de extratos de plantas e resíduos agroalimentares, passaram a ser estudados como alternativas para reduzir a corrosão do aço carbono em meios corrosivos. No presente trabalho, um inibidor produzido a partir do extrato aquoso da casca de pupunha (Bactris gasipaes) foi estudado para inibir a corrosão do aço carbono em HCl 1 mol/L. Para isso, as cascas da pupunha foram trituradas e levadas à estufa a 50 ºC por cerca de 45 minutos. Extratos aquosos foram obtidos em banho termostatizado a 100 ºC por 40 minutos. Após filtração, o extrato foi levado a uma estufa a cerca de 70 ºC, por um período de 48 horas, a fim de obter o extrato seco. Foram realizados, sempre em duplicata, ensaios de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), polarização potenciodinâmica (PP) e perda de massa, onde os corpos de prova de aço carbono previamente preparados foram imersos em solução de HCl 1 mol/L na ausência (branco) e presença do extrato inibidor seco com concentrações de 100, 200, 300 e 400 ppm do inibidor. Nos ensaios eletroquímicos, foi utilizada uma célula de três eletrodos contendo o eletrodo de trabalho (aço carbono), o eletrodo de referência (calomelano saturado) e o contra eletrodo (espiral de platina). Nos ensaios de perda de massa, os corpos de prova foram previamente pesados antes de serem imersos no meio corrosivo no meio corrosivo contendo ou não as concentrações de extrato inibidor seco e após períodos de imersão de 6, 24 e 48 horas. Os resultados de EIE e de perda de massa mostraram que maiores valores de eficiência de inibição (EI%) foram obtidos utilizando concentrações de 300 e 400 ppm no meio corrosivo (cerca de 88 % e 96 % para EIE e perda de massa, respectivamente). Além disso, os ensaios de perda de massa mostraram pouca variação nos valores de EI% em relação ao tempo de exposição (24 e 48 h), independentemente da concentração de extrato inibidor utilizada. Por outro lado, os ensaios de PP mostraram um valor de EI% maior para a concentração de 300 ppm (89%), em relação a de 400 ppm (70%). Adicionalmente, os ensaios de PP indicam que o extrato seco atua como um inibidor misto, com uma tendência a influenciar mais no ramo catódico da curva. Desse modo, verifica-se que o extrato seco da casca da pupunha apresenta-se como um inibidor de corrosão promissor para o aço carbono em meio ácido.