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Ref.: MceMcc41-001

Fabricação de microesferas através do método de chama horizontal utilizando diferentes fontes de calor

Apresentador: Felix Vietta Filho

Autores (Instituição): Filho, F.V.(Universidade Federal do Pampa); de Menezes, C.M.(Universidade Federal do Pampa); Littiere, T.d.(Universidade Federal do Pampa); ARMAS, L.G.(Universidade Fedral do Pampa); Valsecchi, C.(Universidade Federal do Pampa); Menezes, J.W.(Universidade Federal do Pampa);

Resumo:
A sinalização horizontal desempenha um papel essencial na garantia da segurança dos condutores uma vez que as pinturas aplicadas na rodovia propiciam um melhor conforto aos usuários que transitam sobre ela. Para que a rodovia tenha uma sinalização ainda mais adequada, é necessária a incorporação de microesferas de vidro junto a tinta pois estas exibem o fenômeno da retrorreflexão, que no caso consiste em refletir a luz emitida pelos faróis dos veículos de volta aos olhos do motorista, amplificando o sinal. Existem dois tipos principais de microesferas, classificadas basicamente com relação ao diâmetro. A primeira, chamada de DROP-ON, são microesferas que tem um diâmetro superior a 200 µm e são depositadas por aspersão após a pintura. A segunda, chamada de PREMIX, são aquelas com diâmetros menores que 200 µm e são misturadas previamente na tinta antes da pintura. Neste sentido, este trabalho visa avaliar a produção de microesferas PREMIX do ponto de vista de eficiência, morfologia e custo comparativo, considerando o método de chama horizontal. Neste método, o pó de vidro é dispersado verticalmente sobre uma chama horizontal que, simultaneamente, eleva a temperatura dos cacos e desloca-os na horizontal, devido à sua pressão. O estudo comparativo foi realizado considerando três configurações de chamas, alterando a fonte de calor. Na primeira, foi utilizado um maçarico tipo chuveirinho e uma combinação de gases GLP e oxigênio na proporção 1:2,5; na segunda, foi utilizado um queimador atmosférico e somente GLP e, na terceira, foram utilizados dois queimadores atmosféricos sobrepostos e somente GLP. A análise foi feita separando três amostras de 10,00g para cada configuração de queimador utilizado, totalizando nove amostras. As amostras foram pesadas antes e após a passagem pelas chamas, buscando analisar as perdas envolvidas no processo. As respectivas massas médias coletadas após a passagem pelas chamas foram de 9,47g utilizando 2 queimadores atmosféricos, 9,62g para 1 queimador atmosférico e 5,58g para o maçarico tipo chuveirinho. Para a análise morfológica, as amostras produzidas foram avaliadas por microscopia óptica considerando 400 partículas para cada amostra. Conforme a norma NBR-16184, no mínimo 70% das partículas geradas devem ser esféricas. Os resultados mostraram um percentual de microesferas de 91,5% para o caso de dois queimadores atmosféricos, 82,0% de microesferas para um único queimador atmosférico e 88,7% para o maçarico tipo chuveirinho. Considerando os custos de fabricação, não existem diferenças significativas para os casos de um ou dois queimadores, entretanto, a utilização do queimador tipo chuveirinho se torna mais caro, já que além de maior consumo de GLP, há também o gasto de oxigênio. Sendo assim, para o caso de microesferas PREMIX, a utilização de dois queimadores atmosféricos resultou em uma configuração mais eficiente e economicamente mais viável quando comparado com as outras duas configurações.