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Ref.: MpoCa12-005

ANÁLISE CINÉTICA DA REAÇÃO DE CURA DE RESINA EPÓXI BASEADA EM ÓLEO DE LINHAÇA EPOXIDADO

Apresentador: Cristiane da Silva Fonseca

Autores (Instituição): Fonseca, C.d.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Petzhold, C.L.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Bianchi, O.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Amico, S.C.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul);

Resumo:
As resinas epóxi são polímeros termorrígidos altamente versáteis, com propriedades térmicas e mecânicas que possibilitam diversas aplicações. No entanto, há uma crescente demanda por resinas de fontes renováveis na indústria. O desenvolvimento de resinas epóxi à base de óleos vegetais vem apresentando estudos promissores como uma alternativa ao uso de resinas de fontes petroquímicas, devido a presença de ligações insaturadas que podem ser epoxidadas, como o óleo de linhaça que apresenta um alto grau de insaturações. O objetivo deste trabalho foi investigar o processo de reação de cura de resina epóxi baseada no óleo de linhaça epoxidado com um endurecedor à base de anidrido na presença de amina terciária, a partir de análises cinéticas por calorimetria diferencial exploratória (DSC). O óleo de linhaça (Sigma-Aldrich) utilizado nas análises foi anteriormente submetido a uma reação de epoxidação e caracterizado pela análise de ressonância magnética nuclear (RMN), obtendo-se uma amostra com aproximadamente 5,6 grupos epóxi por triglicerídeo. O agente de cura utilizado foi fornecido pela Olin Corporation. A proporção de agente de cura foi calculada teoricamente com base na relação estequiométrica (epóxi-anidrido). O estudo cinético foi realizado utilizando um DSC TA Instruments, modelo Q-20, em condições não isotérmicas, variando-se as taxas de aquecimento em 2, 5, 10, 15 e 20 °C/min. Os ensaios foram realizados sob atmosfera de nitrogênio (50 mL/min) com um aquecimento na faixa de 20 a 250 °C. As amostras foram pesadas entre ? 12-13 mg da mistura não curada em cadinho de alumínio hermeticamente fechado. Para a obtenção dos dados cinéticos foram aplicados os modelos isoconversionais de Ozawa, Kissinger e Friedman. Com o aumento da taxa de aquecimento, houve um aumento nos valores do pico exotérmico, devido a redução da mobilidade da cadeia (formação da rede tridimensional). As curvas de cura do sistema epóxi-anidrido-amina apresentaram dois picos exotérmicos correspondendo a reação de iniciação com a formação de uma espécie ativa aniônica seguido pelas reações de polimerização entre o anel epóxi e o anidrido, respectivamente. Os valores de energia de ativação, Ea, obtidos foram um valor médio de 75 kJ.mol-1 e independentes da taxa de conversão.