Ref.: MpoCa12-003
Apresentador: Tiago Ocanha de Oliveira
Autores (Instituição): de Oliveira, T.O.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Santana, R.M.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
Resumo:
Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável tornou-se uma filosofia global, fazendo com que as indústrias voltem seus olhares para o uso tanto de matérias-primas, quanto processos e manufaturas de seus resíduos visando difundir padrões de produção e consumo alinhados com as necessidades ambientais e de sustentabilidade. O resíduo industrial de EPM (monômero de etileno propileno) é gerado do processamento do elastômero em extrusora, o mesmo não é descartado, não acarretando impactos no meio ambiente, porém trata-se de um resíduo com valor agregado alto devido ao custo da matéria-prima, sendo um resíduo sem reticulação, e sem impurezas do processo, muito pouco tem sido investigado, tendo-se, portanto, uma área ainda a ser explorada. Seguindo a linha da economia circular e sustentável, chegou-se aos resíduos pós-consumo de filmes metalizados de BOPP (película de polipropileno biorientado metalizado por alumínio), são resíduos com percentual de reciclagem baixa, muitas vezes sendo descartados como resíduo não reciclado, sendo direcionado indevidamente para aterros sanitários. Desta forma o presente estudo tem como objetivo analisar a influência nas propriedades térmicas de compósitos gerados, através da incorporação de resíduo industrial de EPMr em filmes metalizados de BOPP pós-consumo, em diferentes proporções mássicas. Foram preparados três compósitos BOPPr/EPMr com proporções mássicas de 70/30, 50/50 e 30/70 e foram caracterizados por meio do índice de fluidez, nas temperaturas de 190°C, 210°C e 230°C, avaliando-se o grau de inchamento do extrudado (IE) e a massa específica do fundido. Os resultados obtidos de IE mostraram bem próximos em ambas as temperaturas, podendo perceber que os compósitos com maior percentual mássico de EPM, apresentaram superfícies mais lisas e sem fissuras. Os resultados preliminares das análises termogravimétrica (TGA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC) mostraram que os materiais compósitos, apresentaram maior estabilidade térmica e BOPPr. Cabe ressaltar que as curvas de DSC mostraram que o BOPPr contem traços de PEAD, PE, entre outros. Concluindo-se que, a incorporação do resíduo industrial de EPM, favorece a interação elastômero-termoplástico e, consequentemente, influencia no desempenho do material compósito.