Ref.: MCoCa07-003
Apresentador: Evanizis Dias Frizzera Castilho
Autores (Instituição): Castilho, E.D.(Instituto Federal do Espírito Santo); Gadioli, M.C.(Pesquisadora Titular); Aguiar, M.C.(Centro de Tecnologia Mineral); Vieira, C.M.(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro); Azevedo, A.R.(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro);
Resumo:
O segmento de rochas ornamentais no Brasil está em expansão considerável, incorporando novas tecnologias para otimizar o uso de materiais rochosos na construção civil. Contudo, enfrenta um desafio ambiental ligado à gestão dos resíduos gerados durante as diversas fases do processo produtivo. Estes resíduos, se descartados inadequadamente, podem ser prejudiciais ao meio ambiente, despertando a necessidade de uma gestão responsável desses materiais. Consequentemente, há uma crescente atenção voltada para a pesquisa sobre a reutilização de resíduos na criação de novos materiais. Para enfrentar esse desafio, é essencial investigar opções mais sustentáveis para o gerenciamento dos resíduos provenientes da indústria de rochas ornamentais. Produzir rochas aglomeradas artificiais com esses resíduos se torna uma alternativa para reduzir os impactos ambientais associados à extração e processamento. O objetivo desta pesquisa foi produzir placas de rochas aglomeradas artificiais com resíduos de rocha granítica conhecida comercialmente de Preto São Gabriel, utilizando resina epóxi, variando a pressão de compactação. Foram utilizados resíduos oriundos do processo de desdobramento de blocos em chapas, provenientes dos casqueiros e dos finos do beneficiamento do equipamento tear a fio diamantado. Os resíduos foram empregados em três faixas granulométricas (grossa, média e fina), e determinou-se a composição granulométrica com maior compactação das partículas, utilizando o Modelo Simplex Centróide. O processo de fabricação das placas foi por vibro termo compressão a vácuo. Os resultados das propriedades físicas com as duas pressões de compactação (3,45 MPa e 4,90 MPa) para a rocha produzida foram respectivamente: densidade aparente (2,41 g/cm3 e 2,45 g/cm3), absorção d’água (0,19% e 0,16%), porosidade aparente (0,45% e 0,40%). De acordo com as normas técnicas brasileiras para rochas ornamentais a absorção de água deve ser no máximo de 0,4% e a porosidade máxima de 1,0 %. Com base nos dados analisados as rochas produzidas cumprem os padrões estabelecidos pela norma e demonstram características adequadas para serem utilizadas em projetos de construção civil, principalmente em ambientes úmidos, graças à sua baixa porosidade e absorção de água.