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Ref.: MmeBi35-001

Formação de Nanotubos em Ligas de Ti-Nb-Ag: Caracterização Estrutural, Morfológica e Biológica

Apresentador: MARCIA Taipina

Autores (Instituição): Taipina, M.(Universidade Estadual de Campinas); Caram, R.(Universidade Estadual de Campinas); Cremasco, A.(Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP);

Resumo:
As ligas de Ti são bastante utilizadas no campo biomédico como consequência de seu baixo módulo elasticidade, notável biocompatibilidade e excelente resistência à corrosão. Modificações topográficas como o crescimento de nanotubos de TiO2 na superfície dos substratos potencializam a bioatividade do material melhorando a osseointegração. Os materiais de implante geralmente permanecem em contato com células vivas por longos períodos, podendo ocasionar respostas inflamatórias. Infecções geralmente se desenvolvem no local de implantação, o que dificulta o tratamento. A prata (Ag) tem sido amplamente utilizada como agente bactericida, tornando-se uma alternativa viável aos tratamentos convencionais com antibióticos. O presente trabalho tem como proposta a obtenção de materiais baseados em Ti que compreendem propriedades mecânicas convenientes e, simultaneamente, oferecem biocompatibilidade, propriedades antimicrobianas e aprimoram funções celulares. Para tal, foram produzidas ligas de Ti-35Nb contendo Ag (Ti-35Nb-0,1Ag, Ti-35Nb-5Ag) utilizando-se diferentes métodos para incorporar Ag, seguido de processo de anodização para a crescimento de nanotubos de TiO2. A presença de Ag nas ligas não afetou a formação dos nanotubos, que cresceram uniformemente em todos substratos. Para fins comparativos, nanotubos crescidos em substrato de Ti-35Nb foram decorados com nanopartículas de Ag por meio de fotorredução com radiação UV. A quantidade de Ag liberada foi investigada com ensaios de submerssão em solução salina de tampão fosfato e, posteriormente, a quantificação de Ag+ foi analisada por espectrometria de massas com fonte de plasma indutivamente acoplada. A atividade bactericida foi avaliada utilizando-se Escherichia coli pelos métodos direto e indireto. Resultados indicam que a presença da Ag é capaz de promover atividade bactericida sem liberar quantidades de Ag+ consideradas tóxicas para as células humanas. A citotoxicidade foi avaliada utilizando uma linhagem celular pré-osteoblástica (MC3T3-E1) e o perfil de viabilidade foi avaliado. Com os resultados obtidos, é possível afirmar que as amostras Ti-35Nb-5Ag foram capazes de promover atividade bactericida e, simultaneamente, aprimorar a viabilidade de células osteoblásticas.