Ref.: MCoCge06-001
Apresentador: Ítalo John Costa e Silva
Autores (Instituição): Silva, .C.(Universidade Federal Rural do Semi-Árido); Costa, D.H.(Universidade Federal Rural do Semi-Árido); Jacinto, V.F.(Universidade Federal do Semi-Árido); Bandeira, R.A.(Universidade Federal do Semi Árido);
Resumo:
A durabilidade das edificações é uma preocupação fundamental da engenharia civil. Essa temática, além de já ser normatizada pela NBR 15575-1 (2021), nos últimos anos vem tomando espaços amplos de discussão no meio acadêmico, científico e na própria indústria. Para Leite et al. (2018), a degradação do concreto é um dos principais fatores que comprometem a durabilidade e da vida útil das edificações, sendo que, uma das variáveis que mais impactam nessa degradação é o ambiente no qual o concreto está inserido, tendo em vista que o nível de agressividade determinará as características que a estrutura deverá apresentar para não comprometer sua integridade como estrutura. A fim de controlar tal degradação, a NBR 6118 (2023) e a NBR 8953 (2015) classificam os níveis de agressividade ambiental para que seja adotado a classe do concreto, o fator água/cimento, bem como a espessura de cobrimento. Para garantir uma melhor eficiência de concretos e argamassas, atualmente existem vários tipos de cimento Portland disponíveis no mercado, onde cada tipo foi projetado para atender a necessidades específicas (JÚNIOR, 2015). A Associação Brasileira de Cimento Portland (2002) menciona que é de suma importância conhecermos as características e propriedades de cada tipo de cimento que está sendo utilizado nas obras, tendo em vista que as características desses dependem veemente da qualidade e das proporções de seus constituintes. Este estudo teve como objetivo investigar os tipos de cimento Portland mais usuais e as relações com as degradações mais comuns nas edificações. A metodologia adotada foi revisão bibliográfica: estudo acadêmico envolve coleta, análise e síntese de informações em fontes sobre determinado tema ou questão de pesquisa. Como resultado, dentro do objetivo proposto destacam-se relevantes trabalhos como De Belie (1996), Lehshc (2003), Do Nascimento (2005), Helene e Andrade (2007), Rodrigues et al. (2011), Larreur-Cayol et al. (2011), Carvalho (2014), Brauwers (2017), Oliveira (2020) e Da Silva (2022). Dessa maneira, conclui-se que a escolha do tipo de cimento Portland desempenha um papel importante na resistência e a eficiência das construções está relacionada diretamente às diversas formas de degradação da estrutura. Como exemplo, chegou-se a conclusão que o cimento CP-IV e CP-II-Z são resistentes a íons de sulfato proveniente de água do mar, água e solo sulfatados (CENTURIONE; KIHARA E BATTAGIN, 2003) e o CP-III possui a maior capacidade de proteger o concreto contra a corrosão das armaduras sob ação de íons cloretos (SILVA et al, 2015). Dessa forma, o desenvolvimento de novas pesquisas são necessárias para explorar ainda mais a relação entre os tipos de cimento Portland e a degradação dos edifícios, a fim de desenvolver práticas de construção mais sustentáveis e duráveis.