Ref.: MceCo22-002
Apresentador: Antonio Vitor Castro Braga
Autores (Instituição): Braga, A.V.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); do Lago, D.C.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Senna, L.F.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro);
Resumo:
Revestimentos de conversão inorgânicos produzidos por sol-gel podem ser usados para substituir revestimentos de fosfato de zinco e de cromato, associados à problemas ambientais e de saúde. A homogeneidade das superfícies e a presença de defeitos nos revestimentos de conversão estão diretamente relacionadas à interação das camadas com o substrato e com o filme final. O sucesso na produção de revestimentos de conversão multicamadas depende não só da sequência em que os mesmos são depositados, mas também dos parâmetros de deposição aplicados: tempo de deposição (t), velocidade na qual o substrato é removido do sol (v) e tempo de tratamento térmico (HT). Com o uso de ferramentas estatísticas, t, v e HT foram variados simultaneamente na produção de revestimentos de conversão de sílica/boehmita (SB) e de boehmita/sílica (BS) sobre aço carbono AISI 1020. As variáveis de resposta de suas interações sinérgicas e/ou antagônicas avaliadas foram a resistência global à corrosão (Rg) e a resistência à polarização (Rp), após recobrimento com filme anticorrosivo de alumina. Revestimentos de conversão produzidos nas condições otimizadas foram caracterizados por medidas de rugosidade, análises da morfologia e de composição microestrutural. Após recobrimento com filme de alumina, as amostras foram caracterizadas por Espectroscopia de Impedância Eletroquímica e medida do Potencial de Circuito Aberto em meio salino, ao longo de 240 h. Além disso, foram realizadas análises morfológicas das superfícies após o período de exposição ao meio corrosivo. As condições ótimas para produção de SB e BS foram t = 116 s, v = 368 mm min-1 e HT = 70 min; e t = 284 s, v = 284 mm min-1 e HT = 32 min, respectivamente. Nas condições ótimas, o revestimento de conversão de SB apresentou morfologia com estruturas pontiagudas, ao contrário do revestimento de conversão de BS. A composição microestrutural e a presença dessas estruturas na superfície em contato direto com o filme de alumina contribuíram para que a rugosidade de SB fosse maior do que a de BS e para formação de um filme de alumina mais estável e aderente. Desse modo, a amostra composta por superfície de aço carbono convertida com SB e recoberta com alumina apresentasse Rg e Rp maiores, durante as 240 h de exposição ao meio corrosivo, do que aquela contendo revestimento de conversão BS.