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Ref.: MmeCa40-002

Efeito do pré-aquecimento do metal base na microestrutura da zona de fusão do aço inoxidável duplex UNS S32750 soldado com laser Nd:YAG

Apresentador: Vicente Afonso Ventrella

Autores (Instituição): Ventrella, V.A.(Universidade Estadual Paulista); da Cruz Junior, E.J.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Itapetininga); Crespo, G.S.(Universidade Estadual Paulista); Suter, L.C.(Universidade Estadual Paulista); Varasquim, F.M.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Itapetininga); Firmo, L.K.(Universidade Estadual Paulista);

Resumo:
Os aços inoxidáveis super duplex possuem uma microestrutura bifásica, com frações volumétricas aproximadamente iguais de ferrita e austenita, conferindo-lhes excelentes propriedades mecânicas e alta resistência à corrosão. O problema na soldagem a laser desses aços é obter a zona de fusão com uma microestrutura balanceada, garantindo suas propriedades e aplicações. Em geral, quando soldado com processo de alta taxa de resfriamento, como a soldagem a laser, obtém-se uma microestrutura majoritariamente ferrítica. Dada a importância do equilíbrio de fases para manter as propriedades e aplicações desses aços a presente pesquisa estudou o efeito do preaquecimento do metal base na microestrutura da zona de fusão na união do aço UNS S32750 pelo processo de laser Nd:YAG pulsado e, consequentemente, as frações volumétricas de ferrita e austenita. Quatro condições foram avaliadas (sem pré-aquecimento e aquecimento em 100°C, 200°C e 300°C). A análise incluiu o estudo da microestrutura, microdureza e resistência à corrosão. A caracterização microestrutural dos cordões de solda foi realizada por meio de MO e MEV, e as frações volumétricas foram obtidas com auxílio de um software gráfico. Os resultados mostraram que o pré-aquecimento do metal base foi considerado um método eficaz para aumentar as frações volumétricas da austenita, e portanto recuperar as condições do metal base. As amostras sem pre aquecimento e com pre aquecimentos de 100, 200 e 300°C geraram uma fração volumétrica de austenita de 8,6%, 25,6%, 29,3% e 32,9%, respectivamente. As curvas de polarização mostram que as amostras pré-aquecidas apresentaram uma melhora na resistência a corrosão em comparação com a amostra sem preaquecimento, visto que a fração volumétrica de austenita aumentou. A microdureza variou com a quantidade de ferrita, sendo na amostra sem preaquecimento de 377Hv , isto é, a amostra com baixo teor de austenita. Para as amostras com pre aquecimento de 100, 200 e 300°C os valores de microdureza Vickers obtidos foram de 330Hv, 326Hv e 322Hv, respectivamente.