Ref.: MpoCa06-003
Apresentador: Larissa Freitas
Autores (Instituição): de Albuquerque, B.L.(Escola de Engenharia de Lorena); DE ASSIS, G.P.(Escola de Engenharia de Lorena); Pereira, R.A.(Escola de Engenharia de Lorena); Rodrigues, L.A.(Escola de Engenharia de Lorena); Freitas, L.(Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de Sao Paulo);
Resumo:
O objetivo do estudo é a obtenção de biocatalisadores ativos e estáveis a partir da imobilização da lipase de Candida rugosa (LCR) em beads de celulose. Inicialmente, o bead de celulose foi sintetizado a partir da precipitação em solução de ácido nítrico, sendo posteriormente, realizados diferentes pré-tratamentos no material obtido (calcinação e silanização+ultrassom) empregando diferentes agentes de ativação (epicloridrina, glutaraldeído e metaperiodato de sódio), visando melhorar a interação entre o suporte e a enzima no processo de imobilização por ligação covalente. A atividade catalítica dos biocatalisadores foi obtida a partir da hidrólise do azeite de oliva. Os biocatalisadores foram caracterizados por meio da técnica de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de infravermelho (FTIR). As imagens obtidas por MEV revelaram diferenças estruturais nos biocatalisadores, principalmente ao analisarmos o biocatalisador obtido pelo bead calcinado, em que é possível notar uma maior “porosidade” (rede de macro poros melhor desenvolvida). Nas imagens foi observada a presença de “aglomerados” aderidos à superfície do suporte, comprovando a imobilização da lipase no suporte. Os espectros mostraram bandas características do suporte empregado, bem como dos grupos pertencentes a lipase. As atividades dos biocatalisadores obtidos a partir dos beads sem pré-tratamento variaram entre 2250,68 - 2788,86 U g-1, dos obtidos pelo pré-tratamento de silanização+ultrassom e ativados com os diferentes agentes de ativação, demonstraram atividades entre 2438,44 - 2818,58 U g-1 e dos biocatalisadores obtidos pelos beads previamente calcinados, foram obtidas atividades entre 2723,88 - 2901,35 U g-1. Os valores mais elevados de atividades foram encontrados pelos biocatalisadores obtidos pela ativação com epicloridrina, sendo selecionados para dar continuidade ao estudo. A partir do teste de Tukey foi constatado estatisticamente que não havia diferenças significativas entre os valores das atividades catalíticas obtidas pelos diferentes tipos de pré-tratamentos. Visando então, avaliar de uma forma mais minuciosa se as alterações nas composições dos biocatalisadores sintetizados afetavam o seu desempenho catalítico, foram realizados testes de estabilidade térmica para os 3 biocatalisadores obtidos pela ativação com epicloridrina (bead sem pré-tratamento, silanização+ultrassom e calcinado), sendo constatada a manutenção de 83-88% da atividade catalítica inicial dos derivados imobilizados, após 4h de incubação à 45°C. Julga-se que, com os resultados obtidos até o presente momento, a escolha da utilização do bead sem pré-tratamento e ativado com epicloridrina seja a melhor condição experimental para a obtenção do biocatalisador, visto que apresenta características semelhantes aos demais, sendo mais vantajoso devido ao menor tempo de preparo e menor custo com reagentes.