Ref.: MpoErec24-001
Apresentador: Lilyan Steffani de Moura Trindade
Autores (Instituição): Lima, R.R.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Trindade, L.S.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Lucena, S.V.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte);
Resumo:
Os impactos dos microplásticos no meio ambiente justificam a importância da pesquisa nesse campo e gera o desafio de aprimorar ou desenvolver técnicas de tratamento e descontaminação da água para permitir seu consumo, reuso ou descarte adequado. Entre as estratégias para a remoção de contaminantes, a adsorção tem se mostrado eficaz, de baixo custo e ambientalmente favorável quando comparada a outras técnicas de descontaminação da água. Os materiais adsorventes com maior disponibilidade são os agrorresíduos, como a casca do coco verde. A maior parte desse material é descartado de forma inadequada no ambiente, emite gás estufa durante a sua decomposição natural e representa desafio para órgãos gestores de resíduos sólidos devido à dificuldade de sua coleta, grande quantidade e adequada destinação. O biocarvão, obtido a partir da pirólise lenta da casca de coco verde de forma otimizada, representa ganho ambiental e pode ser aplicado como adsorvente para remoção de microplásticos de meio aquoso. Neste trabalho, diferentes amostras de biocarvão foram obtidas a partir de delineamento experimental e foram submetidas à caracterização antes e após ensaios de adsorção feitos em batelada com dispersões dos microplásticos polipropileno (PP) e polimetilmetacrilato (PMMA). Imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura de alta definição (MEV-FEG), espectroscopia de raios X por energia dispersiva (EDS) e espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourrier (FTIR) revelaram uma adsorção significativa do PP e do PMMA na superfície do biocarvão, apontando o potencial deste biossorvente para remoção desses microplásticos de meio aquoso.