Ref.: MmeMcc23-001
Apresentador: Richard Silva Martins
Autores (Instituição): Martins, R.S.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Nascimento, T.S.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Zimpel, I.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Barcellos, V.K.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Escher, J.P.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Meier, M.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
Resumo:
A fluidez de metais é uma propriedade que determina a capacidade de uma liga metálica qualquer preencher uma determinada cavidade ou um molde durante um processo de fundição. A fluidez depende de vários fatores, como a temperatura, a pressão, a composição, a viscosidade, tensão superficial da liga, características físico-químicas do molde, tipo e velocidade de vazamento. Para garantir a qualidade e a integridade das peças fundidas, a fluidez desempenha papel importante, pois com essa característica ajustada se estabelece condição para atinge a forma geométrica de peça estabelecida. Assim, caracterizar a fluidez de metais é de suma importância para a aplicação em processo de fundição. Esse trabalho objetiva avaliar a fluidez da liga MRI202 bem como o impacto da adição de dois por cento em peso de micropartículas de Carbeto de Silício no comportamento de fluidez da mesma. Para tanto, a utilização de simulação por Análise de Elementos Finitos do comportamento de preenchimento e de solidificação por meio do software InspireCast e a realização de ensaios experimentais por meio da espiral de Saeger/Krymitsky foram aplicadas. O processo de aquecimento foi realizado em forno resistivo com dispositivo de agitação mecânica acoplado. O monitoramento da temperatura ocorreu por meio de termopar tipo K unido a sistema de monitoramento e controle. O processamento experimental, contendo etapas de aquecimento, fusão e vazamento, ocorreu sob atmosfera protetora de argônio. O molde cura frio de silicato de sódio/CO2 com a espiral foi utilizado. A proteção da superfície de contato do metal com o molde foi realizada com tinta de grafite. A mensuração da fluidez foi estabelecida e a avaliação da microestrutura foi realização com auxílio de microscopia eletrônica de varredura com técnica de EDS. A utilização da simulação indicou que com superaquecimento de 50 °C a liga atinge cerca de 20 por cento de fluidez. Experimentalmente, a fluidez da liga MRI202 a temperatura de 696°C foi de aproximadamente 19 por cento. Já com a adição de micropartículas de Carbeto de Silício a fluidez passou a ser de aproximadamente 14 por cento. Isso representa uma diminuição de 27,5 por cento na fluidez. A fluidez da lida MRI202 foi determinada para a condição de temperatura de vazamento estabelecida. As micropartículas de Carbeto de Silício quando aplicadas como adição na liga MRI202 promoveram uma diminuição considerável em sua fluidez.