Ref.: MCoDe11-001
Apresentador: Henrique Almeida Santana
Autores (Instituição): Santana, H.A.(Universidade Federal da Bahia); Cilla, M.S.(Federal University of Bahia); DIAS, C.M.(Universidade Federal da Bahia);
Resumo:
Fibras vegetais têm sido apontadas como uma possível solução para o comportamento frágil de ligantes álcali-ativados. No entanto, esses ligantes são ativados por soluções alcalinas, que ao longo do tempo podem degradar as fibras, comprometendo assim o desempenho dos compósitos. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento das fibras vegetais após imersão em duas soluções alcalinas ativadoras, uma à base de sódio e outra à base de potássio. As fibras foram submetidas a períodos de imersão de 10 minutos, 1 hora, 6 horas, 24 horas e 160 horas, e posteriormente foram analisadas por meio de espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), difração de raios-X (DRX), análise termogravimétrica (TG) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise por FTIR permitiu observar a influência do tempo de imersão nas modificações químicas na estrutura das fibras. Os resultados das análises de TG e DRX indicaram uma redução na cristalinidade das fibras após a imersão, sugerindo a degradação da celulose, o componente responsável pela resistência das fibras. Além disso, a análise microestrutural por MEV revelou alterações na superfície das fibras, causadas pela degradação da lignina e da hemicelulose, componentes sensíveis a ambientes alcalinos. Destaca-se que a taxa de degradação foi mais pronunciada para as fibras imersas na solução de silicato de sódio do que na solução à base de potássio. Por fim, foram propostos parâmetros de dosagem da solução ativadora que possibilitem amenizar a degradação das fibras.