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Ref.: MmeCo14-001

EFEITO DO ALTO TEOR DE NÍQUEL NA CORROSÃO NO ESTADO SOLDADO DO AÇO INOXIDÁVEL SUPERMARTENSÍTICO

Apresentador: César Augusto Duarte Rodrígues

Autores (Instituição): Rodrígues, C.A.(Instituto de Química de São Carlos); Venturini, S.I.(Instituto de Química de São Carlos); Tremiliosi Filho, G.(USP (São Carlos)); Jorge Junior, A.M.(Departamento de Engenharia de Materiais, Universidade Federal de São Carlos); Roche, V.(Univ. Grenoble Alpes, CNRS, Grenoble INP, SIMaP, 38000 Grenoble, France);

Resumo:
Neste estudo, analisou-se o efeito do teor de níquel no comportamento de corrosão por pites em condições padrão (não soldadas) e soldadas em dois aços inoxidáveis supermartensíticos (SMSS). O aço SMSS + Ni contém 6,23 % e o aço SMSS – Ni contém 5,03 % em peso de Ni. O tratamento térmico (TT) consistiu no aquecimento dos dois aços a 1000 °C, onde foram mantidos por 45 min, temperados em água, revenidos a 620°C e, em seguida, resfriados a ar, produzindo a boa combinação de maior resistência e tenacidade. O TT no aço SMSS + Ni promoveu a formação de nano-precipitados de Ni4Mo (observados por microscopia eletrônica de transmissão) entre os contornos das fases austenita retida (15,7%) e martensita. Os nano-precipitados de Ni4Mo e a austenita retida foram considerados responsáveis pela maior resistência à corrosão por pites em ambas as condições, soldadas e não soldadas. O potencial de pite do aço SMSS + Ni foi inferior ao do aço SMSS – Ni, 0,275 V e 0,290 V, respectivamente. Entretanto, o aço SMSS + Ni apresentou uma curva de polarização dinâmica situada em uma região mais nobre, com menor corrente e maior potencial de corrosão (1,25 x 10–8 A cm–2, –0,198 V,) do que as apresentadas pelo aço SMSS – Ni (6,82 x 10–8 A cm–2, –0,293 V). No estado soldado, a microestrutura do aço SMSS + Ni foi preservada, mas a curva de polarização dinâmica resultante para uma posição menos nobre, ou seja, maior corrente de corrosão (1,74 x 10–7 A cm–2) e menor potencial de corrosão (–0,486 V) e menor potencial de pites (0,250 V), sendo este comportamento atribuído à diminuição da fase austenita para 6,2%. No caso do aço SMSS – Ni, a microestrutura foi alterada por um crescimento de grão martensítico e a precipitação de fase ferrita-delta na zona afetada termicamente, levando o aço SMSS – Ni a uma piora substancial de seu comportamento de corrosão. Assim, o aço SMSS – Ni teve a sua corrente e potencial de corrosão aumentados para 1,02 x 10–7 A cm–2 e –0,228 V, respectivamente, e uma diminuição expressiva do potencial de pite para 0,089 V, características essas muito piores que as do aço SMSS + Ni.