Ref.: MCoErec04-003
Apresentador: Bruno Rodrigues Braga
Autores (Instituição): Braga, B.R.(Universidade Estadual de Santa Cruz); Fornari Jr, C.C.(Universidade Estadual de Santa Cruz); Magalhães, T.M.(Universidade Estadual de santa Cruz);
Resumo:
As fibras vegetais são a classe de polímeros mais abundantes encontradas na natureza. Esses materiais são produzidos de maneira ecologicamente correta, com sequestro de carbono e perfeita interrelação com o ecossistema. Desta maneira, as fibras vegetais são promissores materiais para suprirem demandas de matérias-primas para a indústria, respeitando ao mesmo tempo a continuidade da vida no planeta. Além disso, as fibras vegetais apresentam propriedades mecânicas promissoras, tendo sido utilizadas na substituição de fibras sintéticas em diversas áreas da engenharia. O fruto do coco é produzido em mais de 90 países no mundo, sendo os maiores produtores a Indonésia, Filipinas e Índia, com produção anual de 18, 15 e 10 milhões de frutos respectivamente. O Brasil ocupa um lugar de destaque entre os principais produtores, atingindo a marca de 2,4 milhões de frutos anualmente. Entretanto, a superfície da fibra de coco apresenta uma cobertura constituída por cera e pectina. Essa cobertura natural impede que as fibras lignino celulósicas façam um contato direto com a estrutura rígida da celulose com a matriz poliéster e formem uma interação efetiva entre ambos os materiais. Inúmeros tratamentos foram ensaiados e apresentados na literatura, com resultados promissores na formação de compósitos poliméricos com diferentes matrizes. Esse trabalho propõe um tratamento efetivo, no sentido de remover a camada externa de cera e pectina das fibras de coco. Além disso, o tratamento é realizado sem agressão química ou resíduos poluidores, utilizando água aquecida a 100 ºC por um período de uma hora. A avaliação da eficiência do tratamento foi medida por meio de gravimetria, utilizando uma balança digital de quatro casas decimais. As avaliações por imagens revelaram que, o tempo de uma hora remove completamente a camada externa. A camada externa constitui aproximadamente 9,5% em peso da fibra, o que foi o resultado de uma amostragem de oito tratamentos.