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Ref.: MmeMcc40-001

Avaliação do tratamento térmico pós-soldagem na união dissimilar dos aços AISI 304 e AISI 430

Apresentador: Matheus José Cunha de Oliveira

Autores (Instituição): de Oliveira, M.J.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais); Diniz, M.N.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais); Conceição, J.G.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais);

Resumo:
Processos que utilizam soldagem a arco elétrico, como o processo de soldagem a arco com eletrodo de tungstênio não consumível (GTAW), são amplamente utilizados em aplicações industriais e são conhecidos por fornecer juntas soldadas de alta qualidade e resistência mecânica para a maioria dos aços inoxidáveis. A união de metais dissimilares através de processos de soldagem é um desafio maior quando comparada à união com metais semelhantes. A união de juntas de aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos é comumente utilizada em muitas aplicações industriais. O uso de uma camada intermediária metálica tem-se mostrado eficiente na literatura em minimizar a formação de intermetálicos, assim como uso de tratamentos térmicos pós-soldagem (TTPS) para minimização das tensões térmicas promovem melhorias nas propriedades mecânicas das juntas dissimilares do aço inoxidável. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a soldagem dissimilar de chapas finas de aço inoxidável AISI 304 e aço inoxidável AISI 430 pelo processo GTAW e estudar as propriedades mecânicas e metalúrgicas de juntas de topo quando utilizado o aço AISI 316L como camada intermediária e realização de tratamento térmico pós-soldagem com duas correntes de soldagem diferentes. As juntas soldadas foram caracterizadas por microscopia óptica, EDS, EDXRF, MEV, ensaios de tração e microdureza Vickers. Foi possível observar na microestrutura da junta a formação das fases austenita e ferrita delta ao longo do metal de solda e da zona termicamente afetada. Também foi observada variação no perfil de microdureza ao longo da seção transversal das juntas analisadas em função do metal de adição, que é um potencial formador de fase FeNiMo/CrNiFeMo. Foi possível observar variação significativa no comportamento mecânico das juntas pelo ensaio de tração, cujo limite de resistência aumentou 220MPa para 444MPa após TTPS. Foi possível observar aumento de dureza (300-500 HV) no metal de solda devido à formação de ferrita delta. A superfície de fratura indicou falha por clivagem na soldagem sem tratamento térmico pós-soldagem e comportamento dúctil com presença de dimples após a realização do tratamento.